Tempo choroso, arrependido,
confuso e indeciso
que fizeste da tua soltura
quando em horas definido?
Por que tão atrapalhado,
melindroso, sem arranjo
em decisão alguma?
Sinto-te às vezes endurecido,
armado em tempestades
mas logo que o vento aparece,
de toda a raiva esqueces
a exibir sua vaidade...
Onde escondes as tuas águas
quão distraído do frio,
sei que disfarças as mágoas
das tantas águas sugadas
pelas veredas dos rios...
Porém nas noites rebeldes
te ouço cair...
Perdoe, se não te acalento,
pois contigo também choro
e logo volto a dormir...
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