Algumas folhas
me servirão de vigas
para o sustento do meu teto,
um arvoredo iluminado,
o descanso sob céu aberto...
Outras tantas não me servem
lixo dos meros rabiscos que fiz,
propósitos enganosos,
a julgar que podia ser feliz...
Outras páginas então
reciclo
em queima de fogo,
luminária para as noites frias
no aconchego do meu corpo...
Esta outra me rende uma saia
a servir-me de consolo
quando as lembranças
se fizerem
em vaias,
para que eu não erre de novo...
Ainda tem mais
as que desdobram cansaço,
oferendas dos meus despachos,
e incrementos de sonhos
o que ainda suponho,
mas não sei...
Depois, depois eu penso
no pesar do tempo
quando toda a minha história
em solo, recantarei...
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