Trocentas são as cruzadas
fico a pensar ser mandinga,
toalhas todas ensopadas,
como se cheiros de pinga...
As bolas são reboladas
desviam perdida nos tiros,
ecoam ranhuras nas falas,
malditos estribilhos...
As contas que não se pagam
sempre retornam ligeiras,
passado se banha em presente
ultrapassando fronteiras...
O despeito sem respeito,
o pensar repetitivo,
vejo tudo com defeito,
empoeirado sem brilho...
Hora essa que não chega
no proveito dos conselhos,
o eu sempre prevalece
da raiva guardada no peito...
Um dia, quando for anjo
talvez surja calmaria,
sei que virão os arcanjos,
do sonho que tive um dia...
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