Teimosia árdua de uma existência,
que se nega ver além de uma aparência,
alma que tampa os ouvidos,
sem ouvir os ditos de própria consciência...
O tempo com seu costume próprio,
reverencia o sentido,
daquela poeira que tal se impregna
amontoando-se num corpo bendito...
Até que a sonoridade se abafa
sob o julgo de um tamponar,
o olhar no vazio obscurece
e todo o melindre perde o vibrar...
Esquece alma o ponto, segue alerta
aprecia o todo às voltas do caminho,
mesmo dormindo, toma-te esperta,
dê atenção ao canto dos passarinhos...
Busca ouvir o sussurro dos ventos,
pequenos e grandes ecoam no mundo,
cria imagens, sensibiliza o pensamento,
desde o raso ao mais profundo...
Ao fundo de tudo, ouvirá seu coração,
como a querer sair, rasgando o peito,
anjos saúdam em coral na imensidão,
tornando seu lar mais que perfeito...
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