domingo, 24 de agosto de 2014

Creia e verás...

Teimosia árdua de uma existência, 
que se nega ver além de uma aparência, 
alma que tampa os ouvidos, 
sem ouvir os ditos de própria consciência... 

 O tempo com seu costume próprio, 
reverencia o sentido, 
daquela poeira que tal se impregna 
amontoando-se num corpo bendito... 

 Até que a sonoridade se abafa 
sob o julgo de um tamponar, 
o olhar no vazio obscurece 
e todo o melindre perde o vibrar... 

 Esquece alma o ponto, segue alerta 
aprecia o todo às voltas do caminho, 
mesmo dormindo, toma-te esperta, 
dê atenção ao canto dos passarinhos... 

 Busca ouvir o sussurro dos ventos, 
pequenos e grandes ecoam no mundo, 
cria imagens, sensibiliza o pensamento, 
desde o raso ao mais profundo... 

 Ao fundo de tudo, ouvirá seu coração, 
como a querer sair, rasgando o peito, 
anjos saúdam em coral na imensidão, 
tornando seu lar mais que perfeito...