sábado, 15 de março de 2014

TEMPO

Tempo choroso, arrependido, 
 confuso e indeciso 
que fizeste da tua soltura 
quando em horas definido? 
 Por que tão atrapalhado, 
melindroso, sem arranjo 
em decisão alguma? 
Sinto-te às vezes endurecido, 
armado em tempestades 
mas logo que o vento aparece, 
de toda a raiva esqueces 
a exibir sua vaidade... 
Onde escondes as tuas águas 
quão distraído do frio, 
sei que disfarças as mágoas 
das tantas águas sugadas 
 pelas veredas dos rios... 
Porém nas noites rebeldes 
 te ouço cair... 
Perdoe, se não te acalento, 
pois contigo também choro 
e logo volto a dormir...



domingo, 9 de março de 2014

Somos iguais...

Estou aprendendo, 
que não existe no mundo 
alguém de maldade pura, 
quando todos somos fecundos... 

Mesmo porque 
não há pureza na maldade 
senão a falta da oportunidade 
à manifestação das virtudes... 

 Para quem sentia-se incapaz 
de exercer o gesto no trabalho, 
em lânguido e mísero poder de mais, 
inseguro se fez caído e sem abraço... 

 Não há no mundo sequer, 
um ser que não tenha 
 carência de amor, 
ladrão, assassino, bandido, 
seja como for... 

 Todos no mundo procuram seu par, 
um pai, uma mãe, um bem-estar 
e feliz de quem teve e tem a sorte, 
ainda que na hora da morte, 
em ultimo instante 
o bom instinto acordar... 

 Não somos letrados, 
nem advogados, 
nem soberanos contra ninguém, 
somos juízes sim, dos nossos atos 
sem direitos a julgamentos 
sobre alguém...