sábado, 28 de setembro de 2013

Velho tempo...

Já não espera... 
 Sentou sobre a cadeira do tempo 
esquecida do que era 
e se largou na carona do vento 
que na esquina alcançou... 
Nas mãos mantinha presa o pertence 
 como a assegurar o lapso 
no curso do equívoco involuntário... 
O peso talvez com que saíra, 
de nada lhe causava, 
se não a guarda do pensar afugentado 
pelo qual no instante se livrara... 
Quem sabe, se nada for de espera 
retorne ao tempo que era, 
do que lhe fora o lavrado...


quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Acabou, acabou...


 Na telha,
ou parede que seja
as tintas serão da veia
onde qualquer lugar
serão lavas dum vulcão
que haverão de soprar...
O prato pronto
com tempero ou sem
o que for de sobra também.
As cordas que não vibram
foram ao desgaste
na mudez da lata
sem gotas sem água
da soprada ventarola
que a lama endureceu

Porque o tempo se fechou
ressequido arrependeu
a primavera se desfez, é outonal
porque não vingou
O silêncio imbuiu-se
perdeu sentido
não mais sussurrou
quando tudo acabou, acabou...