quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Acabou, acabou...


 Na telha,
ou parede que seja
as tintas serão da veia
onde qualquer lugar
serão lavas dum vulcão
que haverão de soprar...
O prato pronto
com tempero ou sem
o que for de sobra também.
As cordas que não vibram
foram ao desgaste
na mudez da lata
sem gotas sem água
da soprada ventarola
que a lama endureceu

Porque o tempo se fechou
ressequido arrependeu
a primavera se desfez, é outonal
porque não vingou
O silêncio imbuiu-se
perdeu sentido
não mais sussurrou
quando tudo acabou, acabou...


4 comentários:

  1. Boa tarde Livinha.. gostei da poesia, bem tua caracteristica.. e de palavras que pouco ouvi falar pq escrevo sempre de maneira simples já que o pessoal tem preguiça de abrir o dicionario como eu né rsrs bjs e um lindo dia a vc

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  2. Olá Livinha!

    Porque o tempo se fechou
    ressequido arrependeu
    a primavera se desfez, é outonal
    porque não vingou
    O silêncio imbuiu-se
    perdeu sentido
    não mais sussurrou
    quando tudo acabou, acabou...

    Como sabes, existem duas palavrinhas facílimas de pronunciar, ambas com três letrinhas somente, porém com pesos altamente decisórios, e requerem inúmeros momentos de reflexão e uma análise bastante apurada antes de pronunciá-las. "SIM" e "NÃO", monossílabas capazes de matar, ou mesmo de salvar uma vida. Será que acabou mesmo? Não será uma pequena pausa? Será que adicionando um pouco de água a lama endurecida não volte ao seu estado normal? Belo e profundo poema amiga.

    Beijos e um ótimo final de semana pra ti e para os teus.

    Furtado.

    PS. Estou no mesmo endereço. Pio.........

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  3. Enquanto houver o sopro que vem de um vulcão, por certo um calor irradia e na milenar junção, agua e ar, eis que a vida surge.
    Assim bem assim nada complexo.
    Linda sua poesia carregada da reflexão com toda carga que voce bem sabe dar.
    Um lindo fim de semana onde a paz seja aliada e ilumine ainda mais suas inspirações Livinha.
    Um carinhoso abraço de poesia.
    As palavras precisam de voce e lhe rendem obediência.
    Bjo de paz e luz amiga.

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  4. Meu anjo, um poema forte e triste, mas nada realmente acaba apenas se transforma, vida, sentimentos, tudo tem sua continuidade mesmo que não percebamos, parabéns esta tua nova casa está com teu jeito, jeito de anjo, bjos Luconi

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